OPINIÃO

As catástrofes naturais e a responsabilidade dos Gestores Públicos

quinta-feira, 16 de maio 2024

A recente tragédia ocorrida no Estado do Rio Grande do Sul tem nos alertado para os riscos de um mundo cada vez mais impactado pelas mudanças climáticas. Presenciamos com frequência a fúria da natureza se manifestar em forma de desastres naturais. Pandemias, inundações, deslizamentos de terra, incêndios e terremotos se tornam eventos cada vez mais recorrentes, deixando um rastro de destruição e sofrimento em seu caminho. Diante dessa realidade alarmante, surge a crucial questão: qual a responsabilidade dos gestores públicos na prevenção e mitigação dos danos causados por essas catástrofes?
A resposta é clara: os gestores públicos têm um papel fundamental a desempenhar na proteção da população e na minimização dos impactos dos desastres naturais. Essa responsabilidade se inicia na prevenção, através da adoção de medidas como o mapeamento de áreas de risco, planos de ação concretos, que incluem a elaboração de protocolos de atuação em caso de desastres dentre outros.
Esses protocolos devem contemplar desde a resposta rápida às ocorrências até o treinamento de brigadas civis para o combate a situações de risco, como incêndios, terremotos, inundações e deslizamentos de terra.
A tecnologia também se torna uma ferramenta essencial nesse processo. O envio de mensagens de alerta via aplicativo para as comunidades atingidas pode salvar vidas ao fornecer informações precisas e em tempo real sobre os perigos iminentes.
Com as eleições municipais se aproximando, é fundamental que os cidadãos cobrem dos candidatos um compromisso firme com a pauta ambiental e a implementação de medidas que preparem nossos municípios para enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas.
As recentes inundações no Rio Grande do Sul servem como um exemplo de como o descaso com os sistemas de prevenção podem custar caro para sociedade, mas também demonstra que a capacidade de organização e resposta rápida dos entes públicos pode salvar vidas humanas. A mobilização das autoridades, aliada à colaboração da comunidade, resultou na preservação de vidas e na minimização dos danos causados pela tragédia.
É hora de refletir sobre como estamos enfrentando esse novo tipo de perigo e exigir dos nossos representantes políticos um compromisso real com a segurança e o bem-estar da população, dando preferência a candidatos que demonstrem compromisso com a realização de planos concretos para lidar com os desastres naturais e outros riscos que podem atingir nossas cidades.
Vale lembrar que a responsabilidade pela proteção do meio ambiente e pela segurança não cabe apenas aos gestores públicos, mas também a cada um de nós. Cobrar ações dos nossos representantes e nos engajarmos em iniciativas de conscientização são passos essenciais para construirmos um futuro mais seguro e sustentável.

JOSÉ (NILTON) G. MONTEIRO
ADVOGADO

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