O drama que vive o Rio Grande do Sul com a terrível cheia que tomou seu território, castigando cruelmente até a capital, Porto Alegre, conta seus mortos, desaparecidos e desabrigados – uma conta que não para de crescer.
O poder político, que administra o estado e o país, atua com lentidão e desídia. Duas vezes, o presidente Lula esteve em Porto Alegre. Na primeira vez, sexta-feira (03/05/24), passou pouco mais de sete horas e não sobrevoou as áreas mais atingidas. No sábado, foi o milionário e indecente show da cantora Madonna, no Rio de Janeiro. No domingo (05/05/24), quando maior foi o castigo das chuvas, sobretudo em Porto Alegre, o presidente e a primeira dama Janja, foram novamente ao Rio Grande do Sul e, dessa vez, levando uma comitiva de 72 convidados.
O grupo decolou da Base Aérea de Brasília. Compunham a comitiva o presidente da Câmara, Arthur Lira, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, o vice-presidente do STF, Edson Fachin, presidente do TCU, Bruno Dantas, o comandante do Exército, general Tomás Paiva, 13 ministros do governo e outras autoridades.
O desembarque foi na Base Aérea de Canoas, pouco antes das 11 horas. Ainda na base, Lula, o governador Eduardo Leite, os ministros, os presidentes da Câmara e Senado e o ministro Fachin embarcaram em três helicópteros para sobrevoar zonas alagadiças.
A reunião ocorreu, depois da vilegiatura, no 3° Regimento de Cavalaria de Guarda, no bairro Partenon, na Capital, para onde foi levado o centro de operações depois que o Guaíba inundou o Comando Militar do Sul, no Centro Histórico.
OS NÚMEROS PARCIAIS DA TRAGÉDIA:
- 83 mortes + quatro óbitos estão sob investigação ;
- 111 pessoas desaparecidas;
- 276 pessoas com ferimentos;
- 121.957 estão desalojadas;
- Dos 497 municípios, 345 foram impactados, o que representa 850.422 mil pessoas afetadas.
- E MAIS CHUVA está prevista durante a semana
A nota mais interessante da reunião, cheia de promessas, veio no final, quando o presidente Lula da Silva pediu à ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, a elaboração de um PLANO NACIONAL DE PREVENÇÃO À DESASTRES CLIMÁTICOS. A argumentação: — É preciso que a gente pare de correr atrás da desgraça.