O presidente continua fechando o governo na conquista dos seus interesses políticos. Já colocou o ex-governador do Maranhão no STF e agora vai colocar o ex-STF (aposentado) Ricardo Lewandowski no ministério da Justiça. Quer dizer, trata-se apenas de uma troca de guarnição, porque o plano de dominação continua o mesmo, e cada vez mais aparelhado.
O ministro Lewandowski deverá assumir no 1º de fevereiro e vai chegar pressionado pela avaliação negativada população sobre segurança pública na gestão petista e por programas que pouco avançaram na área, como se isso realmente preocupasse o governo petista.
Ricardo Lewandowski é um advogado que discurso dúbio e retrátil. Foi nomeado por influência da primeira primeira Dama, Marisa Letícia e pagou em dobro tudo que devia. Não tem pejo de ficar contra a Constituição, que tinha obrigação de defender. Assumiu tal atitude diversas vezes, a mais desafiante foi quando presidiu o impeachment de Dilma e desconheceu a obrigação constitucional de deixa-la inelegível por 8 anos.
Tão logo, aos 75 anos, foi aposentado, o diligente Ricardo Lewandowski foi servir “a quem outrora apedrejava” (começo da Lava Jato). Aceitou contrato para escrever dois pareceres e atuar como consultor sênior do Grupo J&F, dos irmãos Joesley e Wesley Batista, presos no auge da Lava Janto.
Vai ocupar, em fevereiro próximo, uma das 38 pastas mais importantes do governo (Justiça, ou melhor, segurança pública) petista (máximo de 23 com Jair Bolsonaro e 29 sob Michel Temer e 39 sob Dilma Rousseff (PT). Lewandowski pouco conhece de segurança pública, mas está falando, entre amigos, que a segurança será seu maior desafio, manifestando preocupação com a gravidade do problema e até prometendo pulso firme no combate ao crime.
Mas, os adversários não perderam tempo em abrir o jogo. Já há quem afirme que o governo Lula, ao anunciar seu novo ministro, não colocou a segurança pública como prioridade. O foco seria mesmo a relação política com outros órgãos, entre eles o próprio STF.
O problema são as pesquisas. O Datafolha trouxe, em sua última pesquisa (7 de dezembro/23), que a segurança é a segunda maior preocupação dos brasileiros. No mesmo levantamento, 50% dos eleitores avaliaram a gestão Lula nesse campo como ruim e péssima, ante 29% de regular e 20% de ótima ou boa.
