O ditador Alexandre de Moraes, ministro do STF, ainda tenta sustentar a pose de galo de briga e continua ameaçando prender e arrebentar os jornalistas e blogueiros Allan dos Santos, que vive nos Estados Unidos, e Oswaldo Eustáquio, que vive na Espanha.
E pela 2ª vez, Moraes bloqueou conta bancária da filha de Oswaldo Eustáquio, uma adolescente de 15 anos de idade, por supostamente estar sendo usada para receber doações após pedidos nas redes sociais. E ontem, a PF fez diligência na casa de Sandra Mara, mãe da adolescente, que também teve as contas bloqueadas.
Mara e a filha estariam recebendo doações por pix e enviando os valores para Eustáquio. A ajuda que chega, no entanto, está servindo principalmente para despesas dos filhos de Eustáquio, como alimentação e transporte escolar. Além da adolescente, ele é pai de mais duas crianças mais novas.
Moraes está reconfortado pelo apoio dos pares e até do diretor da PGR, Paulo Gonet. E há até revide, como os deputados estão encarando a decisão do ministro Flávio Dino sobre o orçamento Impositivo, vetando-o por completo.
O presidente Lula da Silva (PT) classificou as emendas impositivas como “o começo de uma loucura”, e defendeu um acordo entre governo e Congresso sobre o tema. Ora, que gracinha, o petista é quem mais gosta de dinheiro sem carimbo.
De qualquer modo, senadores e deputados não abrem mão de tomar providências contra o ditador Moraes, mas não esquecem o Flávio Dino, embora este seja uma questão mais afeita à Câmara dos Deputados, enquanto o Senado, de Rodrigo Pacheco, ficaria com o déspota pouco esclarecido.
A situação é grave, e o jornal Folha de São Paulo promete novos capítulos da denúncia de ação ilegal e despótica do ditador do STF para incriminar bolsonaristas. Muita gente da área jurídica e de outras áreas, embora ainda tímidos, defendem que Moraes cometeu crime grave e deve ser impichado e preso.
O ministro do STF pode ter apoio de alguns colegas, mas, nos corredores o que fala é que a imprensa já abandonou o ditador, o governo está muito incomodado e há até ministro do próprio STF querendo esfriar a fogueira que ameaça devorar também o supremo.
BRASIL E VENEZUELA, REFLEXOS DO MESMO ESPELHO
Em verdade, o que o presidente Lula da Silva tem feito é desdenhar das situações, tanto da Venezuela, quanto na crise do Congresso brasileiro com o STF.
Claro que se Lula tivesse apoio popular estaria mais nas ruas, em festa. Mas como o coro nacional – ladrão, ladrão, ladrão – o impede de ir a todos os locais, ele tem de pedir aos subordinados obras e uma cuidadosa escolha do local do ato.
No caso da Venezuela, a situação travada incomoda. O México, com Andrés Manuel López Obrador, já deu o fora da intermediação. Ficaram somente Lula e Gustavo Petro, da Colômbia.
E Lula finge que diz, mas não diz. Foi o caso que ocupou a mídia ontem (15/08). Lula revelou que Nicolás Maduro já sabe que ele não reconhece o resultado de vitória apresentado, que não convenceu a ninguém – sem as provas das atas -, porque foi a oposição a chegar com as atas de 82% das urnas, que atestavam mais de 60 dos votos, contra pouco mais de 30% do adversário.
O presidente petista desfia várias conversas, para ganhar tempo. Sugeriu uma nova eleição, que ninguém aceita. Depois fala em um governo de coalizão, que é pior ainda. Por fim, justifica que Maduro ainda tem mandato até janeiro do 2025, o que é verdade, e que, assim, haverá tempo para tudo. Tudo é só enrolação, para vencer no cansaço, como aconteceu no passado, com Guaidó.
É uma vergonha o que está sendo construído nesse jogo de empurra. A pergunta é uma só, nesse cipoal de enganação: quem vai tirar Maduro do poder, onde ele está socado há mais de 11 anos, afora os 13 de chaves?
Foi essa mesma enrolação, no passado, quando foi instalado até um governo paralelo, com Juan Guaidó. Foi autoproclamado, em janeiro de 2019, a presidente da Venezuela, mas tudo não passou de uma faz de conta. Com o tempo, ficou só, enfrentando desafios que não podia vencer, porque não usufruía do poder, e perdeu apoio ao longo dos anos. Será que essa história vai se repetir? Está em curso e repeteco.
Ademais de arguto mentiroso, Lula é um mestre da arte da prestidigitação. Os mesmos artifícios que usa no Brasil, sobretudo porque depende do apoio e das manobras do STF, estica ao vizinho país.
Vale dizer, a título de alegoria, que são dois cegos conduzidos por um espertalhão.